Tudo e Todas as Coisas - Resenha

9:00 PM


Sinopse: "Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."



Eu não tinha expectativas nenhuma para esse livro. Sabia que seria a história de uma menina que tem "a doença da bolha" e se apaixona pelo vizinho, e nada, além disso. Comecei a leitura porque amei a capa do livro e achei uma fofura.Histórias fofas que parecem não ter nada de tão especial, mas me conquistam de uma forma surpreendente.Foi o primeiro livro que li da Nicola e amei a sua escrita super fácil de entender, leve é deliciosa. As páginas fluem sem que o leitor sequer perceba e a leitura é incrivelmente rápida. Eu levei o livro em uma viagem que fiz de uma semana e acabei ele em quatro dias tão leve e rápida que é a leitura.  A obra é narrada em primeira pessoa, mas conta também com listas, desafios, conversas de celular e até resenhas literárias. É exatamente por a trama girar em torno da Maddy que o livro traz tudo o que é importante para a personagem: anotações que ela faz em seus livros preferidos, definições para as novas emoções que ela vai experimentando, resenhas sobre suas leituras e como elas a impactaram, ilustrações sobre como ela se sente na presença do Olly, e listas sobre a dor de querer viver – querer conhecer o mundo e tudo o que ele pode oferecer – e não poder. E o ponto é que, além dessa particularidade da narrativa ajudar o leitor a conhecer Maddy e a se apaixonar por ela, também torna a leitura fácil, fluída e divertida. Por mais que a obra fale sobre a complexidade da vida da personagem principal e das dores causadas pela sua doença, em nenhum momento a leitura fica pesada ou triste em demasia.  E eu amei isso, assim como amei cada lista ou citação criada pela Maddy.


Ela queria apenas tocar e mundo e viver todas as coisas. 


A amizade com Olly aparece não apenas como possível romance, mas também como fonte de vida. A cada conversa com ele, Maddy vai mostrando quem ela realmente é e, principalmente, quem ela quer ser. A jovem não quer que a doença dite seus sonhos e suas escolhas; ela entende suas limitações, mas quer se permitir mais. Desta forma, vemos Maddy lutando, sonhando e aprendendo a viver. Amo quando os personagens mudam e amadurem durante a leitura, pois nos dá a possibilidade de crescer com eles. A luta dela se tornou a minha quando parei para refletir sobre o que me prendia e/ou barrava meus sonhos. Além disso, preciso dizer que amei o Olly e seu envolvimento com a Maddy. O romance deixou o livro fofo e clichê, Os dois formam aquele tipo de casal raro, que te fazem acreditar mais no amor simplesmente por vê-los juntos.Não fui completamente convencida pelo final acho que o problema está no fato da parte racional do meu cérebro esperar uma solução diferente para o problema de Maddy. Ele é lindo, tocante, reflexivo, fofo e repleto de descobertas e ensinamentos. Com doença ou não, viver não é fácil. Mas, independente dos desafios, vale a pena. Leiam e se deixem cativar por essa narrativa deliciosa e emocionante. ❤




                                                     

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