Sem duvida o melhor filme de todos os Wolverines já lançados. Conhecemos nesse longa maravilhoso de James Mangold, não só X-23, mas o homem por trás do Wolverine imortal e impetuoso.
Logan, still have time
O filme me deixou sem palavras, me conquistando do inicio ao fim, Hugh fez seu melhor trabalho nessa despedida, com muita emoção e dor, nos apresentando a uma nova versão de si mesmo. No filme temos personagens marcantes e coisas difíceis de ver, como, por exemplo, Xavier completamente dependente e debilitado, eu particularmente nunca imaginei que veria aquele homem sábio e forte que uniu os X-men, tido quase como uma divindade nos outros filmes, dependendo de remédios e sem conseguir controlar os poderes. Cada cena era uma surpresa para mim e a história tem sim, cenas que já vimos antes, aquela velha rotina de perseguição e depois luta em alguns intervalos de tempo, porém o rumo que o filme vai seguindo é um baque e tanto, completamente instigante e sofrido.
Cada personagem em particular carrega seu próprio sofrimento e todos tem um grande peso na história, todos são bem utilizados, todos tem um papel importante e fazem falta a cada reviravolta que o filme trás, pegando como exemplo Caliban (Stephen Merchant) que é um personagem secundário maravilhoso e bem aproveitado, que teve um papel completamente significativo desde o começo da história. O longa não possui uma trilha sonora tão presente quanto eu imaginei com o trailer, porém isso não interfere na emoção, que é lindamente orquestrado por Logan e Laura.
I need the girl
Nem preciso dizer que já sou fã da pequena e maravilhosa Dafne Keen, a personagem ficou perfeita! ela passa a melancolia de ser criada como uma coisa num laboratório e ao mesmo tempo que é uma assassina cruel, ela é apenas uma menina que usa óculos rosa e brinca em cavalinhos de brinquedo. Essa sensação de que ela é só uma criança e que também é uma "versão garotinha" do Wolverine dos primeiros filmes é um deleite; eles são extremamente parecidos e isso nos aproxima ainda mais da garotinha.
Outro personagem maravilhoso é esse vilão vivido pelo Boyd Holbrook, que é um vilão comum e sem todo o exagero que os vilões de filmes de super heróis carrega, entrando em perfeito contraste com essa realidade em que o filme se passa onde os mutantes estão quase extintos. Ele esta simples e sarcástico a sua maneira, esperto e completamente sem medo do Wolverine ou do que ele poderia fazer. Sempre a postos e sempre batendo de frente, como se para ele Logan fosse apenas mais um, subestimando tanto ele, quando Xavier, mas nunca X-23, o que deixa as cenas em que eles se enfrentam mais chocantes.
This is what's life look like
Finalmente vemos as mortes e lutas como deveríamos, nada de esconder o sangue ou as cabeças cortadas e isso foi um ponto crucial para todo o filme, que apesar de não ser completamente explicativo e deixar muitas perguntas no ar, é repleto de surpresas. Toda a trama esta focada unicamente no Logan e nas suas dores e medos, nessa fase onde ele não tem ninguém além dele mesmo para enfrentar seja o que for, com uma solidão constante ele apenas procura por um momento de paz e fugir de todo aquele teatro em que sua vida se encontra.
Claro que eu gostaria de ter visto o Magneto e definitivamente gostaria de saber o que ouve com o Dentes-de-Sabre, porém foi bem melhor que essas duvidas ficassem no ar porquê assim o filme não se desviou do verdadeiro intuito do filme, que era acima de tudo, nos mostrar um lado que nunca tínhamos visto antes do Wolverine. Nós vemos todas as faces dele presentes e isso é, não só gratificante, mas também triste porquê nos lembra a todo momento que o filme é uma despedida.
Trailer:
Se você não assistiu, não pense duas vezes! toda a tristeza e dor que esse legado de 17 anos precisava para sua despedida, foi suprida. Os personagens secundários, tanto quanto os principais, são marcantes e essenciais para a trama dando gosto de ver.